Cleptocracia, é um termo
de origem grega, que significa, literalmente, “Estado governado por ladrões
, cujo objectivo é o do roubo de capital financeiro dum país e do seu bem-comum.”
O termo é antigo, é clássico. Não é novo, pois. Já aconteceu na História
repetidas vezes e continuará a acontecer.
Não que se queira aqui dizer que, agora, de repente, aconteceu uma crise em
que todos poderes institucionais tornassem ladrões.
Não. Longe disse.
O que estamos a assistir e pode ainda piorar muito, é esta figura das
instituições que cuidam apenas do roubo em grande escala, é uma tendência
histórica que iniciou no Império e vem evoluindo de forma de forma desusada nas
várias repúblicas e ditaduras aqui impostas.
Quando se diz que todo político é
ladrão, não é apenas referência aos políticos, mas a todas instiuições
constituidas seja de que forma for. Do policial mais humilde, ao Ministro mais
graduado, possuem todos uma tendência (eu chamaria doentia) para o furto. Essa
piada de que Sarney roubou a aliança da própria parteira não é só uma piada que
se aplica a ele. Renan também, Lobão, o Chefe dos Caras Pintadas, Lindenberg, aquele
que liderou a queda de Color, é tão ladrão como todos que estão na
lista do Petrolão, do Mensalão, do Mensalinho. Estão lá dosos juntos, menos
Dilma, Lula e FHC. Estes, naturalmente, são poupados.
Provavelmente tudo isso não dará em nada. Tudo começará de novo. Não há
como substituir. Somos iguais.
Enfim, quando retirarmos -se retirarmos-
estes cleptocratas, tudo iniciará de novo.
Daqui há 10 anos, se tanto, será como Chico diz: “A mesma praça, o memo
banco, o mesmo jardim...” Tudo igual. Essa História já tem 500 anos.
Dê-nos paciência, meu Deus.
Um bom fim de semana a todos.
J. R. M. Garcia.